Atualizada às 19h39min.

Professores e funcionários de escola da rede estadual, em greve há exatos 30 dias, foram mais uma vez às ruas, em Pelotas. O ato na avenida Dom Joaquim, próximo ao Colégio Cassiano do Nascimento, transformou-se em mais um protesto por medidas adotadas pelo Governo Sartori. Com faixas, cartazes, bandeiras, apitos e sinetas, os trabalhadores realizaram rápidos bloqueios no trânsito, junto à sinaleira de acesso à rua Armando Sica.

Em panfletagem, a categoria reforçou à comunidade as razões da paralisação das atividades por tempo indeterminado: o fim do parcelamento dos salários e do 13º; a reposição salarial, que não ocorre desde novembro de 2014; e a retirada de Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que tramitam na Assembleia Legislativa e atingem diretamente direitos conquistados pelos trabalhadores.

"Estamos aqui para denunciar este projeto de desmonte do Estado, que entrega os serviços públicos para iniciativa privada", reforçou o diretor do 24º Núcleo do Cpers-Sindicato, Mauro Amaral. E, claro, o anúncio da venda de ações do Banrisul, oficializada na manhã desta quarta-feira (4) pelo governador José Ivo Sartori (PMDB), também virou alvo de críticas.

Relembre
A greve nas escolas estaduais teve início em 5 de setembro, depois de 21 parcelamentos nos salários. Na última semana, para pressionar o fim do movimento, o governo chegou a falar em corte do ponto da categoria, mas o Cpers conseguiu derrubar a medida, com liminar na Justiça.

Até agora, mais da metade dos profissionais da Educação ainda não recebeu. Na última sexta-feira, o Palácio Piratini voltou a adotar o pagamento integral - como estabelece a Constituição Estadual -, mas apenas parte do funcionalismo foi paga. O restante segue amargando os atrasos ilegais.